No próximo dia 31, novamente iremos às urnas para votar. Nós, eleitores goianos, vamos eleger nosso governador e participaremos da eleição da pessoa que vai presidir o Brasil nos próximos quatro anos. O momento é de grande responsabilidade. Exorto a todos que façam a escolha com liberdade, iluminados por valores humanos e cristãos.
Em comunhão com a CNBB apresento alguns elementos de sua segunda nota sobre o atual Momento Eleitoral.
Essa respeitada instituição eclesiástica sabendo que muita gente usou o seu nome no primeiro turno reafirma os termos da Nota de 16.09.2010, na qual foi esclarecido que “falam em nome da CNBB somente a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência”. Afirma ainda a nota que: “Permanece como orientação, neste momento de expressão do exercício da cidadania em nosso País, a “Declaração sobre o Momento Político Nacional”, aprovada este ano na 48ª Assembleia Geral. Finalmente reafirma a CNBB que a mesma não indica nenhum candidato, e recorda que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exorta os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana. (Cf. Nota da CNBB em relação ao Momento Eleitoral).
Estas orientações da CNBB são claras, não indicam candidatos ou partidos, desautorizam quaisquer mensagens que têm circulado ou possam vir a serem apresentadas como palavra oficial da Igreja Católica com intuito de direcionar o eleitorado, e deseja despertar os eleitores a serem responsáveis na escolha. Caso a Igreja viesse indicar candidatos, creio que, com a força que possui, teria facilidade para eleger muitos de seus candidatos, mas esta prática ela mesma refuta, combatendo a força dos coronéis que por uma situação ou outra deixam os eleitores obrigados a votar nos seus candidatos indicados. Caso a Igreja viesse a indicar candidatos ou partidos, muitos eleitores sentiriam sua consciência tranquila devido a Instituição Eclesial ter escolhido por eles. A Igreja não direciona a escolha e não deseja subestimar a capacidade do eleitor de refletir e fazer sua escolha. Votar é um ato de plena liberdade.
O que a Igreja pode e deve fazer é ajudar a tornar claras as más intenções que existem em muitas manobras interesseiras de candidatos ou partidos sem compromisso com o que é nobre para a vida digna de todos, desde o início até a morte. O político é um servidor da vida e por isso deve ser um zelador de tudo o que Deus criou para que a vida pudesse existir com dignidade.
Reflitam, rezem, escolham e votem com a consciência em paz sabendo que fizeram o que deveriam fazer. Os eleitos terão a missão de servir o povo no encargo que lhes for confiado e um dia vão prestar contas não só ao povo, mas especialmente a Deus sobre o exercício da missão recebida.
O Imaculado Coração de Maria abençoe as mãos dos eleitores que, no dia 31, digitarão os números que esperamos sejam símbolos das esperanças para Goiás e para o Brasil. Os eleitos sejam instrumentos de Deus para fazerem bem o Bem que se fazer. A todos vocês o meu abraço e orações.
Uruaçu, 16 de outubro de 2010
Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo Diocesano
Diocese de Uruaçu – GO
0 comentários:
Postar um comentário